Madre Teresa, Em Qual Cu Tá?

Vestida com hábitos simples e calçada em passos trôpegos, a Madre Teresa de Calcutá ia por entre os doentes, passava pelas esteiras postas ao chão em que os miseráveis ficavam depositados em penúria física e moral, distribuía-lhes acenos, bençãos, afagos em suas frontes febris, preces, e alguns lenitivos para lhes mitigar o sofrimento. Curvada, encarquilhada, seguia lenta e frágil como se a gravidade pusesse forte cola aos seu pés, como lenta e frágil também era a esperança daquele povo, aparentava mais fraqueza do que muitos pelos quais velava, era possível pensar que só mesmo uma força superior a estivesse pondo em movimento, a força da fé que supera a debilidade em prol do bem ao próximo, o altruísmo e a abnegação personificados, uma santa, certo?
Errado! Apenas a imagem de uma falsa santa, inventada e vendida aos meios de comunicação pelo jornalista Malcolm Muggeridge, da BBC, que lhe dedicou em 1969 o documentário “Algo bonito para Deus”, apresentando ao mundo a figura frágil de uma missionária que se dedicava aos pobres e doentes da Índia. Em 1971, o jornalista publicou um livro com o mesmo título.
Mas Madre Teresa nada teve dessa anciã caridosa e benevolente, pelo contrário, foi mais uma das canalhas que muito lucrou com a miséria humana falando em nome de deus. Madre Teresa foi apenas mais um dos agentes coletores da Igreja Católica, empenhadíssima em engordar mais e mais os tesouros do Vaticano, foi só mais uma que usou os pobres para aumentar as riquezas da igreja.
É o que garantem Serge Larivee, Carole Senechal e Geneviève Chenard, da Universidade de Montreal, Canadá, em seu estudo “O Lado Escuro de Madre Teresa”.
Segundo eles, as chamadas "casas para doentes" de Madre Teresa nunca tiveram o objetivo de curar ninguém, e sim o seu cruel avesso, a ideia era manter as pessoas naquele estado lastimável, a ideia era apenas juntar o maior número possível de desgraçados sob o mesmo teto para usá-los a chamariz de doações para a Igreja Católica.
A cada vez que as fotos de suas casas para doentes, muito assemelhadas a campos de concentração se olharmos com mais atenção, eram publicadas nos principais jornais, ou suas imagens corriam o mundo via satélite, milhões em doações chegavam às mãos artríticas e nada honestas de Madre Teresa.
E bota doações nisso. Recebeu centenas de milhões de dólares para as suas casas de doentes. Pessoas faziam doações, governos contribuíam, e até o sanguinário ditador Papa Doc, do Haiti, aderiu à causa da boa velhinha.
Milhões lhe chegavam e suas casas para doentes continuavam na mesma situação, milhões lhe chegavam e as imagens mostravam sempre o mesmo ambiente sub-humano, nada melhorava, e foi assim por anos e anos. Curioso, não?
Acontece que Madre Teresa foi uma grande duma estelionatária, uma desviadora de fundos de fazer inveja a Paulo Maluf. Nem um único centavo das doações foi usado de forma efetiva para sanar a miséria, a peste e a fome daquele povo, os poucos trocados que ali ficavam eram destinados justamente para manter inalterada aquela visão do inferno, que mesmo a miséria precisa de um mínimo para se manter viva, a ideia era mantê-los vivos e miseráveis. O grosso das doações, obviamente, Madre Teresa desviava para os cofres do Vaticano.
Era tudo tão evidente e só agora veio à tona, era tão claro e quase  ninguém nunca desconfiou; nem mesmo eu, admito, essa velhinha me enganou direitinho.
Os pesquisadores analisaram mais de 500 documentos e registros, entre eles, várias denúncias de médicos sobre o estado precário em que eram mantidos os doentes, os médicos classificavam esses locais como as "casas da morte" ou de "necrotérios". Denúncias também chegaram à Organização Mundial de Saúde, órgão da ONU, acusando as casas para doentes de serem locais de epidemias.
O jornalista britânico Christopher Hitchens já a havia denunciado em seu livro "A Intocável Madre Teresa de Calcutá", de 1995 : “Tenham em mente que a receita global da Madre Teresa é mais do que suficiente para equipar várias clínicas de primeira classe em Bengala. A decisão de não fazê-lo [...] é deliberada. A questão não é o alívio do sofrimento honesto, mas a promulgação de um culto baseado na morte e sofrimento e subjugação."
Milhões e milhões em doações e nem um único leito decente era comprado, sempre aquelas esteiras imundas perfiladas pelo chão; milhões e milhões e nunca nenhum moderno aparelho de uso hospitalar chegava às casas; milhões e milhões e sempre a mesma desnutrição dos doentes; milhões e milhões e nunca foi mostrada uma única dessas casas que tivesse passado por uma reforma, ou por qualquer outra benfeitoria; milhões e milhões e nenhuma delas se tornou um ambulatório de primeiro mundo, a que o dinheiro era mais que suficiente; milhões e milhões e, muitas vezes, não havia sequer uma aspirina, ou ataduras limpas para os desgraçados.
Madre Teresa mandava a grana para o Papa e mantinha os doentes minimamente vivos, no limite da subsistência, conservava-os no mesmo sofrimento de uma cobaia de laboratório, mantinha-os como uma vitrine mórbida, para que as doações não cessassem de chegar.
Se os doentes fossem curados, a miséria vencida, a peste erradicada, e isso mostrado ao mundo, as pessoas deixariam de enviar doações à Igreja, desnecessárias que se tornariam.
Os doentes, uma vez curados, os miseráveis, uma vez assistidos, realmente não precisariam mais de doações, mas a Igreja, sim. Sim e sempre. É insaciável a gula da Igreja pelo dinheiro dos homens de boa vontade.
Madre Teresa foi além do estelionato, sua especialidade, fez participações especiais em outro pecado muito recorrente na Igreja Católica, a pedofilia. Em 1993, acobertou um notório enrabador de menininhos, o padre jesuíta Donald McGuire, que estava afastado de suas funções eclesiásticas por denúncias de abuso.
A boa madre usou de sua influência para que o padre voltasse à ativa, jogou o lobo de volta ao meio das ovelhinhas. E o padre voltou mesmo à ativa : nos anos seguintes, várias outras queixas de pedofilia foram apresentadas às autoridades, e o amiguinho da Madre Teresa foi condenado a 25 anos de prisão.
Isso tudo me lembrou uma piada:
Estava lá a Madre Teresa, em uma de suas casas, com uma bandeja de supositórios na mão, os quais, pacientemente, um a um, ia introduzindo nos doentes. Aí, entrou uma enfermeira e disse que havia uma ligação telefônica para ela, Madre Teresa, na sala contígua. A Madre deixou a bandeja de supositórios com a enfermeira e pediu que ela continuasse com o trabalho. Sem saber a partir de qual paciente seguir, a enfermeira chamou a freira e perguntou-lhe : Madre Teresa, em qual cu tá?
No cu do povo, como de costume, respondo eu à confusa enfermeira, no cu do rebanho do Senhor. Que, no fim, rebanho serve é mesmo para isso, ser tosquiado por seus pastores.

Postar um comentário

5 Comentários

  1. Meu prezado Azarão, peço licença para usar o "Pãããta que o pariu!!" umas tantas dezenas de vezes, por obséquio.
    Compartilho contigo o não gostar de certas "caridades", o ser humano é, e sempre foi, escroto, e nunca deu nada ao próximo.
    E eu quero mais é algum louco tenha a coragem de enfiar um pau no rabo de muita Madre que anda por aí.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pra você ver... Dessa eu nunca desconfiei, achei que, mesmo estando a serviço da Igreja, era gente boa. Me enganou direitinho!!!!

      Excluir
  2. O seu artigo só comprova o que está em todos os livros de história: a igreja católica é a instituição mais vil, corrupta e sanguinária da história da humanidade.

    ResponderExcluir
  3. Serviço de igreja porra nenhuma, Azarão. Duvido que algum filho da puta de igreja faça benesse literalmente. Até faz, uma pseudo, enquanto vem muita vantagem financeira.

    ResponderExcluir