A Escala Cláudia Ohana de Pilosidade

O ser humano a tudo mede, mensura. A tudo quer aprisionar em suas escalas e parâmetros. Que é bem disso que bicho homem gosta, aprisionar o que lhe fascina e o que ele pouco entende.
Os átomos, a exemplo, há dias em que acordam de melhor humor, alegres, ouriçados, agitados, para ser mais correto. Há dias, porém, em que estão mais tristes e macambúzios, mais reservados, os elétrons recolhidos em seus orbitais. Aí vai o ser humano e cria uma grandeza física para medir o humor e o estado de espírito dos átomos, o calor, representado pelas várias escalas termométricas, Celsius, Kelvin etc.
Do micro para o macro, nem mesmo o planeta, a providente Mãe-Terra, escapa de nossas indiscretas aferições. Há aqueles dias em que a Terra acorda de ressaca, vendo tudo girar (literalmente), pisando em falso em sua órbita, constipada, com a lava-fel a lhe subir à boca; então, ela cerra o cenho, levanta e sacode a poeira, põe tudo a tremer. E lá vai o homem a lhe medir a pressão, a pulsação, o ritmo cardíaco. Metem-lhe seus sismógrafos e vão verificar o quanto a Terra está abalada naquele dia, via escala Richter de magnitude, que vai 1,0 a 9,5, até segunda ordem da natureza.
Tudo o ser humano mede!
Dessa forma, postularei aqui e agora, antes que os eflúvios de Baco por completo se dissipem e os de Morpheus me pesem tonelada tirana, uma nova escala, a Escala Cláudia Ohana de Pilosidade, expressa em graus C.O.
Tal escala vem a se mostrar muito útil em épocas atuais, de intensos desmatamentos, seja da cobertura vegetal do planeta, seja, principalmente, da vegetação bucetal. São tempos de graves crimes ambientais contra a fisiologicamente necessária Mata Atlântica Pubiana. Daí, a necessidade de uma escala que avalie a exata extensão do problema
O valor 10,0 absoluto da escala Cláudia Ohana de Pilosidade é a própria Cláudia Ohana, naquelas fotos que tirou para a revista Playboy, na década de oitenta. Só para melhores entendimentos, a xavasca do quadro A Origem do Mundo, do pintor Gustave Coubert, alcançaria uma graduação de 9,0 C.O. 
Vera Fischer, a eterna superfêmea, ao posar nua, também para a Playboy, no ano de 2000, chocou a delicada sensibilidade do país: nas páginas centrais da revista, Vera exibia seus bastos, alourados e nada comportados pentelhos, que se alastravam para fora dos limites permitidos, tomavam-lhe a região do baixo ventre e faces internas das coxas. Grau 7,0 C.O. para Vera Fischer, com louvor.
O zero relativo da Escala Cláudia Ohana de Pilosidade tem como referência aquelas ridículas depilações ao estilo bigodinho de Hitler. Já as totalmente depiladas - à lâmina, à cera, a raio laser -, as em que não vemos único matinho a despontar, como se por ali tivessem passado as hordas de Átila, o Huno, essas marcam o Zero Absoluto da Escala Cláudia Ohana de Pilosidade. Máxima entropia, mínimo tesão.
Isso posto, e até porque já se faz tarde, vos digo : meçam! Saiam a medir! Salvem o planeta, ou, ao menos, a buceta.

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2 Comentários

  1. Concordo. Buceta boa tem que ser peluda. E ainda tem os caras que curtem depiladas, acho até meio pedófilo. Vai entender.

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    1. Partilho dessa sua opinião, cara que gosta de bucetinha lisa tem alguma tendência à pedofilia, só pode ser.
      Abraço.

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