Pênis de Japonês o Elimina das Finais do Salto Com Vara. Fui Traído Pela Minha Própria Vara, desabafou.

Japonês praticar salto com vara é pedir pra ser zoado. Não dá pra resistir. É piada pronta. Japonês treinar salto com vara é implorar para virar alvo de chacotas e zombarias. É pregar por conta própria um papel na costas escrito Me chute, Me passe a mão. É masoquismo. É autobullying.
Japonês não tem vara, tem, no máximo, hashi, que são aqueles pauzinhos de comer sushi. A varinha do japonês mal chega pra comer o peixe cru da japonesa e o cara quer ganhar medalha em salto com vara.
Mas há os persistentes - marca, aliás, do oriental. Há os que não aceitam conformados a predestinação e o determinismo biológico, há os que não se rendem aos limites impostos pela natureza, e, em nobres e inspiradores exemplos de força de vontade e da superação nascida da perseverança, os rompem, os ultrapassam.
É o caso do atleta varudo japonês Ogita Hiroki, de 28 anos - uma espécie de Kid Bengala nipônico, com seus, talvez, sete ou oito centímetros de piroca. Ogita Hiroki desafiou todos os prognósticos em contrário, desmontou paradigmas e disputou nesta segunda-feira (15/08) uma vaga nas finais olímpicas do salto com vara. Um herói nacional, sem dúvida.
Só que na hora H, na hora da onça beber água, na hora do sapeca iá-iá, o japonês se fodeu. Foi traído e desclassificado pela própria vara.
Acontece que três varas estão em jogo no salto com vara masculino. Três varas sobre as quais o atleta deve exercer completo domínio e imprimir perfeita sincronia. Não à toa, é considerada a modalidade mais técnica do atletismo.
A primeira é a vara em si, aquele varão, composto por camadas de fibra de carbono e fibra de vidro, que o atleta usa à guisa de uma alavanca para se alçar às alturas do Olimpo e tentar passar por sobre uma segunda vara, o sarrafo, aquela barra vertical que estabelece a altura a ser superada, e que, em hipótese alguma, pode ser tocada, sequer triscada, qualquer contato, de qualquer parte do corpo do atleta, por mais tênue e leve, derruba o sarrafo, o salto é invalidado e o atleta, eliminado.
Pois o atleta japonês coordenou com maestria e passou célere e incólume pelas duas varas. Alavancou-se do chão com coreografados força e ângulo de subida, subiu reto, impecável, um falcão peregrino, transpôs o sarrafo e curvou o corpo em medido semicírculo para evitá-lo. Mas se esqueceu da supracitada e ainda não esclarecida terceira vara.
Ogita Hiroki esqueceu-se de coordenar a terceira vara do jogo, a sua própria vara, a benga. O corpo passou rente ao sarrafo, já caindo para a classificação, mas aí a piroca do japonês enroscou no sarrafo. Foi ela, a piroquinha do japonês, e não um braço, um joelho ou um pé, que tocou e derrubou o sarrafo. Desclassificado. Eliminado pela própria piroca.
Taí a benga do japonês enroscando no sarrafo. Piroquinha de anjinho barroco. Do Davi, de Michelângelo. É isso o que eu chamo de um azar do caralho! Pãããããããta que o pariu!!!

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