Clark Crente

É um pássaro? É um avião? Não!!! É o Clark Crente!!!
Puta que o pariu! Muito boa essa sacada de um candidato a candidato de vereador da capital paranaense.
A princípio, confesso que achei genial. Ri um bocado. Muito mais criativo e espirituoso do que a maioria dos nomes esdrúxulos que costumam infestar as eleições de nossa amada democracia, sobretudo as municipais (vide a exemplo o Xota Oi Meu Bem, na barra lateral de "bugigangas" do blog).
Ri um bocado. Mas meu riso dura pouco
Acontece que o rapaz com cara de bocó ao lado não é um kryptoniano abnegado, criado por honestos fazendeiros do Kansas, disposto a usar seu vastos poderes em bem da humanidade. Aliás, só mesmo não tendo a natureza humana para alguém com os poderes de um semideus pensar em ajudar ao próximo, mas isso já é outra conversa, concentremo-nos em Clark Crente.
O rapaz com cara de paçoca faz parte de um dos grupos humanos mais desprezíveis que já surgiram no planeta, os cristãos; dentre os cristãos, da ala mais ignorante e intolerante da atualidade, os evangélicos neopentecostais, as crias de Edir Macedo.
Clark Crente (alter ego de Ewerson Alves da Silva) nem é propriamente candidato a vereador, ele é o primeiro suplente das 28 vagas abertas, e já preenchidas, pelo PDT. Havendo alguma desistência, Clark entra em cena.
Toda eleição elege seu palhaço, esta não podia fugir à regra. O nome e as fotos de Clark Crente começaram a circular pela internet, viraram um desses fenômenos instantâneos das redes sociais. 
O PDT tem até o dia 6 de agosto para definir suas chapas. Com a superpopularidade recém adquirida de Clark Crente, parece-me óbvio que o partido vá forçar a desistência de alguém para que Clark se torne candidato oficial.
Surpreso com a popularidade, Clark Crente afirma agora que a decisão sobre sua entrada no pleito de 2012 “está nas mãos de Deus”. Nas mãos de deus, ou de alguém tão poderoso quanto ele, o Superman.
Por trás da cara de sonso e de lavado cerebral que todo evangélico tem, e de uma brincadeira aparentemente inocente, há o perigo muito grande do aumento exponencial das bancadas evangélicas na política.
Essa raça escrota quer transformar o país numa teocracia, ou numa jesuscracia, só falam em jesus, os filhos das putas.
Clark Crente, coincidência ou não, é do estado do Paraná, o mesmo da cidade de Apucarana, que tentou, mês passado, fazer passar uma lei municipal que obrigava alunos e professores de escolas públicas a rezarem o pai nosso ao início de todos os dias letivos.
Se essas porras dos evangélicos continuarem a se alastrar na política, não demora muito e teremos um presidente da república evangélico, vide a abjeta figura de Marina Silva. Se um desses evangélicos chega à presidência, o dízimo passa a ser imposto obrigatório, descontado na folha de pagamento.
É urgente alguma medida que barre a candidatura (e posterior legislatura) de pessoas que tenham, declaradamente, o rabo preso àlguma religião.
É urgente que se vá ao Kansas, que se marque uma audiência com Lex Luthor, que se obtenha dele, ao preço que for, um bom pedaço da boa e velha kryptonita.
Neutralizemos Clark Crente. Enfiemos um tarugo de kryptonita no seu cu. E no de todos os crentes, que, é sabido, são do cu quente.

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Pior que uma teocracia é um regime ateu, tal como na falida união sovietica ou na atual china.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não é exatamente a crença em um deus, ou a falta dela, que faz um sistema falir, e sim as boas e velhas ganâncias e corrupções humanas.

      Excluir